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Um dia, numa rua de Oslo, eu vi um cadáver esfaqueado na calçada
Com uma cuia de esmola e o pênis mutilado na mão
Satan incorporou nele, agradeceu as moedas
E cantou essa música, que contava uma história
Que era mais ou menos assim:
Eu morri há vinte anos atrás,
E não tem Varg nesse mundo que não me esfaqueou por trás
Eu morri há vinte anos atrás,
E não tem Varg nesse mundo que não me esfaqueou por trás
Eu vi que o Dead tinha suicidado
Eu vi o povo falando que tinham me matado
Vi o Hellhammer tocar com o Antestor e ficar endinheirado,
Eu vi,
Eu vi Mustaine converter e virar um pentelho
Vi Lars Ulrich colocar o Napster de joelhos
Eu vi Lamounier xingar Cristo muitas vezes diante do espelho
Eu morri (eu morri)
Há vinte anos atrás (eu morri há vinte anos)
E não tem Varg nesse mundo que não me esfaqueou por trás
Eu vi as velas se acenderem negras na Sala
Vi a Noruega incendiar no mapa
Vi o Dead derramando sangue novo
Pra fazer de um disco a Capa
Eu vi
Eu vi as hordas de vikings cruzar os mares
Vi o Vargão queimando igrejas milenares
Eu vi uns bispos fugir com os padres pra floresta
para ogros os paparem...
Eu morri (eu morri)
Há vinte anos atrás,(eu morri há vinte anos)
E não tem Varg nesse mundo que não me esfaqueou por trás
Eu vi o sangue que corria da montanha
quando o cristianismo invadiu a Alemanha
Vi o troll sacrificando uma donzela numa cama de campanha
Eu li
Eu li os pentagramas sagrados da Birmânia
Eu fui criança pra poder fazer ciranda
E quando todos praguejavam contra o frio
Eu me pintei de corpse paint na varanda!
Eu morri (eu morri)
Há vinte anos atrás (eu morri há vinte anos)
E não tem Varg nesse mundo que não me esfaqueou por trás
Não, não porque
Eu morri (eu morri)
Há vinte anos atrás (eu morri há vinte anos)
E não tem Varg nesse mundo que não me esfaqueou por trás
Não, não